terça-feira, 30 de novembro de 2010

Deglutição e Envelhecimento



Existem várias mudanças fisiológicas do sistema digestivo associadas ao envelhecimento que podem
escompensar o mecanismo da deglutição e muitas vezes afetar diretamente o estado nutricional
ou pulmonar do idoso.

Durante o processo de envelhecimento além das modificações das estruturas orais existe também
a perda das papilas gustativas e a diminuição da percepção olfativa, trazendo implicações para ingestão de
alimentos, uma vez que o paladar é função conjunta entre as sensações gustativa e olfativa. Além disso,
as modificações do próprio padrão mastigatório, prótese mal adaptada, redução do volume salivar devido
às medicações e doenças associadas (vasculares, degenerativas, metabólicas), diminuição da propulsão
e pressão da língua,  diminuição dos reflexos protetivos, aumento da incidência de refluxo
gastroesofágico e denervação senil do esôfago pode tornar a disfagia mais grave.

Em função das mudanças estruturais e funcionais do processo de deglutição os hábitos alimentares
podem ser modificados ao decorrer dos anos.

Atuação Fonoaudiológica
A atuação fonoaudiológica nas disfagias tem como objetivo identificar, por meio da história do indivíduo e
da avaliação específica da deglutição, as informações que  auxiliarão o planejamento de adaptações e
condutas terapêuticas a serem utilizadas com o idoso disfágico. Alguns instrumentos realizados pelo
médico e fonoaudiólogo, como a videofluoroscopia (imagem dinâmica da deglutição)
e a videoendoscopia (exame com fibra óptica flexível introduzida pelo nariz) auxiliam no processo diagnóstico.

O processo terapêutico consiste no gerenciamento dos distúrbios da deglutição e da alimentação,
que podem ser realizados por meio de orientações, adaptações, reorganização dos hábitos alimentares do
idoso e na reabilitação garantindo assim uma alimentação segura e com boa qualidade.

O fonoaudiólogo juntamente com uma equipe interprofissional participará da decisão das condutas
alimentares como: tipo das vias alimentares, consistências dos alimentos, utensílios para alimentação,
posicionamento durante as refeições, o ambiente e a realização da higiene oral.

Vias alimentares: Os tipos de vias alimentares serão decididos conforme a necessidade, desempenho e segurança do idoso.
Os tipos de vias alimentares são: oral, enteral (nasogástrica, nasoenteral, gastrostomia, jejunostomia) e mista.

Consistências alimentares: variáveis de acordo com os serviços, porém de forma ampla,
podemos destacar dieta geral, pastosa (cremes e purês), líquida-pastosa (vitaminas, mingau e sucos espessados) e líquida (água, chás, sucos, café).

Utensílios para alimentação: facilitação da dinâmica e independência alimentar do idoso: prato fundo,
prato de sobremesa, colher e/ou garfo sobremesa, ingesta de líquido com canudo, colher ou copo rígido.

Posicionamento: A postura é funcional e segura para alimentação! Sentado com os pés apoiados, apoio
no pescoço, se deitado deixar posição de 90o ou 45o

Ambiente: Calmo, atento, confortável, sem interferências auditivas ou visuais, informar sobre os alimentos ingeridos.

Higiene oral: É importante manter uma rotina de escovação, realizando a higiene oral sempre após as refeições; escovar os dentes e retirar as próteses dentárias durante a escovação; limpeza da “gengiva”,
da língua, do assoalho da boca, do palato e das bochechas com uma gaze umedecida. Não usar pasta de dente em idosos que não conseguem cuspir.

Boca seca: Devido a ingesta de uma série de medicações, o idoso pode sentir a boca extremamente seca,
sendo o ideal ingerir muito líquido durante todo o dia, ou fazer uso de salivas artificiais

DICAS 


  • Solicite a concentração do idoso durante a alimentação; evite conversar muito durante a alimentação;
  •  Ofereça o alimento de forma tranqüila, sem pressa. Desligue TV e rádio;
  • O idoso deve estar sentado com a cabeça ereta, com os pés apoiados no chão e as mãos apoiadas nos braços da cadeira;
  •  Realize a higiene oral após as refeições;
  • Se a dentadura estiver solta, retire-a durante a alimentação e não ofereça alimentos que necessitem de muita mastigação (procure um dentista);
  • Espere o idoso engolir toda a comida antes de oferecer uma nova colherada;
  •  Durante a refeição, se você observar que após oferecer uma colher com alimento o idoso não engolir,  ofereça uma colher vazia para estimular a deglutição dos alimentos;
  • Observe as tosses e engasgos durante e após a alimentação;
    •  Observe também se o idoso está perdendo peso.

    segunda-feira, 29 de novembro de 2010

    Uso de jaleco fora do ambiente hospitalar poderá ser proibido


    A Câmara analisa o Projeto de Lei 6626/09, que proíbe o uso de qualquer equipamento de proteção individual, inclusive jalecos e outras vestimentas especiais, fora do ambiente onde o trabalhador da área de saúde exerça suas atividades. A proibição abrange qualquer tipo de instrumento utilizado no atendimento médico.
    De autoria do deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), a proposta tem como objetivo combater a infecção hospitalar e a contaminação biológica. Segundo o texto, o infrator da norma, sem prejuízo de outras sanções, deverá ser advertido e multado, sendo o empregador responsabilizado solidariamente. O projeto prevê também, para os trabalhadores da saúde, atividades de conscientização e de educação sobre prevenção de riscos biológicos.

    Biossegurança
    O autor afirma que o projeto foi elaborado a partir de princípios de biossegurança e será extremamente benéfico para proteger a saúde da população.
    Segundo Inocêncio Oliveira, muitos estudos indicam que microorganismos são transportados para pessoas que estão fora do ambiente hospitalar, ambulatorial, odontológico ou laboratorial, por meio de roupas, jalecos e outras peças usadas durante o período de trabalho.
    A contaminação, segundo esses estudos, cresce de acordo com o tempo e as características do atendimento e é mais intensa em áreas de contato, como bolsos ou mangas.

    "Apesar disto, não é incomum ver profissionais ou estudantes da área de saúde circulando em locais públicos usando jalecos, por vezes estetoscópios ou outros equipamentos de trabalho. É necessário que se enfatize a conscientização dos trabalhadores da saúde quanto à gravidade do risco biológico a que expõem a comunidade ao persistirem neste hábito", adverte Inocêncio.

    O parlamentar argumenta que as penas de advertência e multa podem ser eficazes para coibir esse comportamento, sendo necessário também responsabilizar o empregador.

    Tramitação
    O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    EPI


    A Norma Regulamentadora no6 (NR no6) define que equipamento de proteção individual é todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Ela preconiza que a empresa está obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: - Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou doenças profissionais; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e para atender a situações de emergência.
    os profissionais de saúde estão expostos a vários riscos durante as suas atividades .  

    Para prevenir infecção é necessario medidas que compreendem o uso combinado ou não de Equipamentos de Proteção Individual – E.P. I (luvas, aventais, máscaras, protetores oculares e botas) para proteger áreas do corpo expostas ao contato com materiais hospitalares, o uso da proteção por meio de barreiras entre o hospedeiro e o microrganismo. Essas barreiras incluem dentre outras medidas a utilização de equipamentos de proteção que embora a sua adoção seja individualmente pelo profissional, por vezes se propõe à proteção coletiva.

    Esses equipamentos são fundamentais não só para a segurança do profissional como para previnir a contaminação de pacientes e a transmissão de bactérias de um paciente para o outro. Afinal um dos principais responsáveis pelas infecções hospitalares são os próprios profissionais de saúde, que frequentemente não tomam os cuidados necessários ao tocar e examinar os pacientes.
    Lembrando que atos como lavar as mãos frequente e corretamente e o isolamento de pacientes são medidas tão importantes quanto o uso dos E.P.I.

    Uma situação que ocorre, constantemente, em estabelecimentos de saúde, e que expõe outras pessoas a 
    riscos desnecessários, é o uso dos equipamentos de proteção individual fora do ambiente, no qual o seu uso está previsto. Esta situação vai contra o preconizado na NR no6.

    Seqüência de Vestimenta de EPI
    1. Primeiro o jaleco
    2. Máscara ou respirador
    3. Óculos de segurança ou Protetor facial
    4. Luvas

    Seqüência de Retirada de EPI
    1. Luvas
    2. Óculos de segurança ou Protetor facial
    3. Jaleco
    4. Máscara ou respirador

    quinta-feira, 25 de novembro de 2010

    Laringectomia


    Laringectomia é a remoção parcial ou total da laringe para tratamento dos tumores da mesma. Nos casos de câncer de grandes proporções, é necessária a extirpação completa enquanto que nos casos de menor invasão, somente as partes atingidas são removidas.

    O sintoma principal desses tumores é a rouquidão intensa e constante e às vezes, com falta de ar. A causa quase sempre é o uso abusivo de cigarros, sendo o sexo masculino o mais atingido.

    Após a laringectomia total, ficam os pacientes sem voz e respirando permanentemente por um orifício na base do pescoço chamado traqueostoma por onde também são removidas as secreções. Quase sempre a cirurgia é complementada com radioterapia ou quimioterapia



    Nos casos de laringectomia parcial, a traqueostomia é fechada após curto tempo e a voz, embora rouca é preservada.

    Segundo LOFIEGO ( 1994 ), laringectomia parcial é a retirada de apenas uma parte da laringe, somente as pregas vocais uma ou mais cartilagens ou a metade dela ( emelaringectomia ).
    GREENE (1989 ) cita LEONARD ( 1972 ) para afirmar que a laringectomia parcial é um método menos traumático do que a laringectomia total, por conservar as funções respiratórias, fonatórias e
    esfincterianas da laringe .
    KUHL ( 1996 ) concorda com LEONARD ( 1972 ) referido por GREENE ( 1989 ) ao descrever que a laringectomia parcial é uma cirurgia mais construtiva, menos mutiladora, e que conserva as funções laríngeas.
     
    As laringectomias parciais podem ser:
    • Horizontais: tratamento dos tumores supraglóticos
    • Verticais: tratamento dos tumores de origem glótica

    Orientação Nutricional Enteral em Domicílio

    II Simpósio Casas André Luiz - Tema Disfagia.

    FONOAUDIOLOGIA HOSPITALAR - ÁREAS DE ATUAÇÃO

    Pense nisso...

    Traqueostomia


    A traqueostomia é a realização de um estoma ao nível da região cervical
    anterior, criando assim uma via aérea cirúrgica na porção cervical da traquéia, sendo
    que o estoma criado pode permanecer definitivamente ou não.

    A comunicação da traquéia com o meio externo, possibilitada pela
    traqueostomia, permite uma redução de 10 a 50% no espaço morto anatômico,
    reduzindo a resistência e aumentando a complacência pulmonar, favorecendo assim
    pacientes com reserva pulmonar reduzida, sendo medida extremamente necessária
    em muitos casos, além de ser uma via aérea mais segura, mais fácil de ser retirada e
    de ser recolocada do que a cânula de intubação orotraqueal, sem aumentar a
    incidência de pneumonias. As desvantagens deste procedimento incluem o
    comprometimento do mecanismo de tosse e da umidificação do ar inspirado,
    reduzindo a limpeza broncopulmonar e a alteração da composição dos gases
    alveolares, devido à ausência do fechamento da glote e da pressão expiratória final
    positiva.

    As principais indicações da traqueostomia são:
    • Obstrução de vias aéreas superiores:
    A obstrução pode ser devido a:
    1. Anomalias congênitas;
    2. Corpo estranho em VAS;
    3. Trauma cervical;
    4. Neoplasias;
    5. Paralisia bilateral de cordas vocais;
    6. Intubação orotraqueal prolongada;
    7. Edema devido a queimaduras, infecções ou anafilaxia;
    8. Tempo prévio ou complementar a outras cirurgias bucofaringolaringológicas.
    9. Facilitar a aspiração das secreções das vias respiratórias baixas;
    10. Síndrome da apnéia hipopnéia obstrutiva do sono.
    Cânula traqueal:

    As cânulas mais usadas em nosso meio são as
    metálicas (Jackson), plásticas (Portex, Shiley), silicone e nylon. As cânulas variam
    em relação ao seu diâmetro interno, ângulo de curvatura, mecanismos de
    fechamento, número de cuffs, fenestrações, entre outros. As cânulas contêm um
    mandril em seu interior, que é um pouco mais longo que a cânula e de ponta romba,
    servindo como um condutor no momento da introdução na traquéia. As cânulas
    metálicas são constituídas de uma cânula externa e uma interna, esta última podendo
    ser retirada e lavada, sendo um importante fator de higiene local.

    A traqueostomia pode ser usada por um período indefinido de tempo,
    sendo sua retirada dependente principalmente da causa de base que levou a sua
    realização. Apesar da morbidade relacionada ao uso da traqueostomia, o paciente
    pode ter uma qualidade de vida satisfatória, principalmente quando tem apoio
    familiar e da equipe da saúde responsável por seu tratamento.
    A retirada ou a redução do número da cânula devem ser feitas tão logo o
    paciente tenha a função respiratória recuperada ou melhorada. Após a cânula ser
    removida, o estoma pode se fechar espontaneamente ou necessitar de uma cirurgia
    para seu fechamento.




    Nasofibroscopia

     O que é:

    Nasofibroscopia é um exame feito através de um aparelho que é passado através do nariz, com uma fibra ótica na ponta, onde se faz a avaliação da cavidade nasal até a laringe. Este exame é feito por um otorrino com um anestésico local passado no próprio aparelho; alguns casos de pacientes muito ansiosos pode ser feito uma indução hipnótica por medicamento oral ou injetável, dependendo da ansiedade de cada paciente. Mas o exame não é doloroso e é feito em cerca de 15 minutos.

    Como funciona:

    O médico otorrino introduz o aparelho (laringoscópio) pelo nariz até à faringe. Com isso pode observar, através de um monitor, as zonas por onde passa o aparelho. Em alguns casos é possível gravar o exame, o que possibilita o acompanhamento da evolução da doença.


    Videodeglutograma

     O que é:

    O Videodeglutograma é um método radiológico pelo qual as estruturas podem ser observadas em sua dinâmica, possibilitando a análise precisa dos distúrbios da deglutição, durante e após o disparo do reflexo da mesma. O videodeglutograma contribui para o diagnóstico das patologias que afetam o processo de deglutição, auxiliando na conduta terapêutica adequada a cada caso. Para a visualização da área a ser examinada é necessária a ingestão (por boca) de contraste (solução de sulfato de bário). À medida que o contraste progride nesse segmento do aparelho digestivo, são obtidas imagens seqüenciais. 

    Este exame necessita de preparo prévio.

    Crianças:
    • Até um ano, será necessário jejum ABSOLUTO de três horas, inclusive de água. Trazer duas mamadeiras vazias, com bico para leite, para tomar o contraste.
    • De um ano até quatro anos será necessário jejum ABSOLUTO de quatro horas, inclusive de água. Caso ainda use, trazer duas mamadeiras vazias, com bico para leite, para tomar o contraste.
    • Acima de quatro anos será necessário jejum ABSOLUTO de seis horas, inclusive de água
    • Em caso de dúvidas, sinta-se à vontade para falar com um dos médicos da equipe. Estamos à sua disposição para qualquer esclarecimento.
    Adultos:
    • Na véspera do exame você poderá jantar normalmente, devendo observar jejum ABSOLUTO de seis horas antes do exame, inclusive de água.
    • Fumantes não podem fumar no dia do exame.
    • Se houver suspeita de gravidez o exame não deverá ser realizado, salvo em situações absolutamente necessárias. Neste caso, entre em contato conosco para uma consulta com os médicos responsáveis.
    • Menores de 18 anos devem estar acompanhados por um responsável legal.
    • Procure usar roupas confortáveis, preferencialmente de duas peças.
    • Caso tenha exames anteriores relacionados à região a ser examinada pedimos a gentileza de trazê-los. A comparação com exames anteriores proporciona diagnósticos mais precoces e evita, muitas vezes, a realização de incidências adicionais.
    • Em caso de dúvidas, sinta-se à vontade para falar com um dos médicos da equipe. Estamos à sua disposição para qualquer esclarecimento.
    • Seu exame será entregue no local de sua escolha, em até três dias úteis, salvo quando houver necessidade de uma avaliação mais ampla, que dependa de um conjunto de profissionais. As imagens de seu exame e o respectivo laudo estarão disponíveis em nosso site no mesmo prazo. Para acessá-los serão fornecidos número de usuário e senha pessoal no dia da realização dos mesmos.
    • Os resultados dos seus exames, disponibilizados na web, permitem que o seu médico tenha acesso às imagens e à análise diagnóstica a qualquer momento, auxiliando-o na condução de seu caso.


      Nutrição Enteral e Parenteral

      NUTRIÇÃO ENTERAL

      Conceito:
      Consiste na administração de alimentos liquidificados ou de nutrientes através de soluções nutritivas com formulas quimicamente definidas, por infusão direta no estômago ou no intestino delgado, através de sondas. Está indicada em pacientes com necessidades nutricionais normais ou aumentadas, cuja ingestão, por via oral, está impedida ou é ineficaz, mas que tenham o restante do trato digestivo anatomofuncionalmente aproveitável.

      Objetivo da Nutrição Enteral:
      Atender as necessidades nutricionais do organismo, quando a ingesta oral é inadequada ou impossível, desde que o TGI (Trato Gastrointestinal) funcione normalmente.

      Fabricação da Dieta Enteral:

      São utilizados dois tipos de dietas, as Dietas Industrializadas que são fabricadas de forma padronizada, especializada e comercializadas especificamente para terapia de nutrição enteral, e as Dietas Não-Industriais ou Artesanais que são preparadas à base de alimentos in natura ou de mesclas de produtos naturais com industrializados (módulos), liquidificados e preparados artesanalmente em cozinha doméstica ou hospitalar.

      Principais Vantagens da Nutrição Enteral em Relação à Nutrição Parenteral :

      • Aproxima-se mais da alimentação natural, sendo, portanto, mais fisiológica;
      • Pode receber nutrientes complexos, tais como proteínas integrais e fibras;
      • A presença dos nutrientes no trato digestivo estimula o trofismo intestinal, mantendo a integridade da mucosa intestinal;
      • Mantém o pH e a flora intestinal normais
      • Estimula a atividade imunológica intestinal;
      • Reforça a barreira da mucosa intestinal, aumentando a proteção contra a translocação bacteriana
      • Tem menor índice de complicações. 
      Vias de Acesso :

      Como via de acesso, podemos recorrer à colocação direta de uma sonda, por passagem naso/orogástrica, para que a sua extremidade distal fique localizada no estômago, duodeno ou no jejuno, ou ainda, realizar uma gastrostomia ou jejunostomia. A escolha de um ou outro desses procedimentos e do local para o posicionamento da sonda dependerá das situações particulares apresentadas por casa paciente e observação de critérios para a escolhas do posicionamento da sonda para a nutrição enteral: local mais fisiológico; local de mais fácil acesso; maior tolerância a qualquer tipo de dieta, inclusive as hiperosmolares (glicose hipertônica); permite a progressão mais rápida do programa nutricional; menor risco de saída acidental da sonda; menor risco de refluxo entre outros.

      Locais de acesso Nutrição Enteral:

      • Naso/orogástrica;
      • Nasoduodenal;
      • Nasojejunal;
      • Gastrotomia e jejunostomia (são mais utilizadas para alimentação enteral em longo prazo).
       A nutrição enteral está indicada, basicamente, todas as vezes que o paciente não pode comer, não deve, não consegue ou o faz de maneira insuficiente. Também, quando se faz necessário administrar dietas rigorosamente balanceadas, na tentativa de corrigir certos distúrbios metabólicos.
      Chama-se a atenção para o fato de que, sendo a nutrição enteral, quando comparada com a nutrição parenteral, uma forma terapêutica de metodologia mais simples, com menor índice de riscos e complicações, de menor custo e, ainda, uma modalidade terapêutica nutricional mais próxima da alimentação fisiológica normal, ela deve ter prioridade absoluta sobre a nutrição parenteral sempre que possível, em todos pacientes candidatos ao suporte nutricional especializado.

      NUTRIÇÃO PARENTERAL

      Conceito:

      A nutrição parenteral visa a fornecer, por via parenteral, todos os elementos necessários à demanda nutricional de pacientes com necessidade normal ou aumentada, cuja via digestiva não pode ser utilizada ou é ineficaz. A nutrição parenteral pode ser total, isto é, quando o paciente é nutrido exclusivamente por via parenteral, ou complementar, quando está associada à utilização concomitante da via digestiva. Pode ser ainda, central, quando é administrada em via central, como a veia cava superior, ou periférica, quando é administrada em veias periféricas. 

      Objetivo da Nutrição Parenteral:

      Atender as necessidades nutricionais do organismo, quando NE é inadequada ou impossível visando aliviar ou corrigir os sinais, os sintomas e as seqüelas da desnutrição.
      É oportuno lembra que a nutrição parenteral não é um método substitutivo das outras medidas terapêuticas que devem ser utilizadas no tratamento da doença básica ou complicações associadas. Deve ser interrompida tão logo seja possível a realimentação adequada do doente pela via digestiva.

      Fabricação da Dieta Parenteral:

      As soluções nutritivas devem conter todos os nutrientes indispensáveis à manutenção da vida, tanto do ponto de vista qualitativo quanto quantitativo. Basicamente, esses ingredientes compreendem fontes calóricas, destinadas ao fornecimento de energia para o organismo, fonte de nitrogênio, destinada ao fornecimento de matéria-prima para a síntese protéica; água; eletrólitos(sódio, cloro, potássio, cálcio, magnésio e fosfato) e outros macrominerais; vitaminas e oligoelementos(ferro, iodo, zinco, cobre, cromo, manganês, selênio, molibdênio e cobalto).
      Vias de Acesso Venoso: Periférico e Central. Qual utilizar?

      Tradicionalmente, o termo nutrição parenteral periférica (NPP) designa a administração de água, eletrólitos, proteína e substratos calóricos através de uma via periférica do paciente. Na nutrição parenteral total(NPT) estão substâncias que são administradas através do sistema venoso central do paciente. O objetivo de ambas é aliviar ou corrigir os sinais, os sintomas e as seqüelas da desnutrição.
      A NPP pode ser instituída nos pacientes que precisam de terapia nutricional, mas não é possível, ou necessária, a cateterização da veia subclávica ou de outra profunda. A NPP minimiza o desenvolvimento de déficits nutricionais em pacientes com ingestão alimentar temporariamente insuficiente. Os indivíduos com condições nutricionais marginais que se submeterão a um período de jejum de duração desconhecida seriam candidatos a um ciclo breve de NPP. Essa terapia nutricional seria mantida pelo menos até estes pacientes aceitarem a nutrição enteral. A NPP pode suplementar a ingestão protéico-calórica até a terapia enteral total ser atingida, pois esta demora geralmente de três a cinco dias. A NPP também estaria indicada como suporte temporário de pacientes em uso de NPT cujo cateter precisa ser retirado por mau funcionamento ou sepse, em que a porta de entrada tenha sido o cateter.
      Os pacientes em que a punção de veias periféricas é difícil em virtude de múltiplas implantações de cateteres intravenosos, tratamento com esteróides, enfermidades sistêmicas ou outras causas não são candidatos a NPP. Os indivíduos bastante desnutridos, sobretudo aqueles com reservas pequenas de gordura, incluindo pacientes com câncer de esôfago, grandes queimados, febre, sepse, traumatismos maciços ou complicações pós-operatórias, que geralmente necessitem de 35 a 40 kcal/kg de peso corporal/dia e 1 a 1,5 de proteína/kg de peso corporal/dia a serem administrados, constituem uma indicação absoluta de NPT.

      Indicações da Nutrição Parenteral:

       Como regra geral, nutrição parenteral é necessária nos casos em que a alimentação oral normal na é possível, quando a absorção de nutrientes é incompleta, quando a alimentação oral é indesejável e principalmente quando as condições descritas estão associadas ao estado de desnutrição.

      Contra Indicação da Nutrição Parenteral:

      Quando o paciente tiver capacidade de se alimentar por via oral e/ou enteral, ou então quando o estado nutricional estiver adequado. E ainda deve-se contra-indicar a nutrição parenteral total em pacientes terminais, quando não houver esperanças de melhora de vida e do sofrimento.

      Métodos de Administração da Dieta Parenteral:

      De modo geral, a via de acesso ao sistema venoso para administração da terapia são as vias periféricas nos membros superiores e centrais (veia subclávia ou a veia jugular interna ou externa).
      A velocidade de infusão das fórmulas de alimentação parenteral varia de acordo com as condições clínicas do paciente, A velocidade ideal da infusão de glicose varia de entre 0,5 e 0,75 g/kg/hora.
      Os pacientes devem receber 1000 ml da fórmula de alimentação parenteral no primeiro dia. Se estes 1000 ml forem bem tolerados, ou seja, se não surgirem sinais de intolerância â glicose ou outro desequilíbrio metabólico ou eletrolótico, 2000 ml podem ser infundidos no segundo dia. Se for necessário, mais 1000 ml da fórmula podem ser adicionados. Uma regra prática no aumento da velocidade de infusão até 20 a 50 ml/hora a cada um ou dois dias, conforme a capacidade do paciente de tolerar mais líquido e a sobrecarga de glicose.
      Um fato de extrema importância é que as soluções sejam administradas em fluxo contínuo e regular. As oscilações na velocidade de infusão, freqüentemente observadas quando se utiliza o gotejamento livre por queda gravitacional, controlado por pinças mecânicas, são notavelmente indesejáveis, dificultando sensivelmente a adaptação metabólica do paciente frente ao aumento progressivo do aporte nutricional. As bombas infusoras, disponíveis em várias modalidades, constituem opção bastante recomendável para o controle seguro e eficaz da infusão contínua e regular das soluções nutritivas.

      Complicações da Nutrição Parenteral:

      Como todo método terapêutico, a nutrição parenteral não é isenta de riscos e complicações. Na verdade, algumas complicações podem assumir proporções desastrosas, e até mesmo fatais, sobretudo se o método for aplicado de maneira inescrupulosa.
      O doente que recebe a nutrição parenteral deve merecer rigorosos cuidados higiênicos, incluindo higiene corporal, pronta remoção da sondas e curativos contaminados, manutenção de vestimentas limpas e adequadas para o exame médico periódico.
      O máximo rigor deve ser observado para com as técnicas de assepsia e antissepsia, no manuseio do instrumental e frascaria quando do preparo das soluções nutritivas finais. A pessoa responsável por essa tarefa deve estar inteiramente conscientizada quanto à gravidade dos riscos de contaminação dessas soluções. As soluções nutritivas usadas no aporte nutricional podem constituir um excelente meio de cultura de bactérias e fungos.
       






      Conceitos de Disfagia

      "É um sintoma de uma doença de base que pode acometer qualquer parte do trato digestivo, desde a boca até o estômago. Esse sintoma pode causar risco clínico de desidratação, desnutrição e aspiração de saliva, secreções ou alimentos para os pulmões" (Donner, 1992).

      “A disfagia é a dificuldade de deglutir. Não é uma doença, mas sim sintoma. Para a autora, na disfagia a deglutição pode se dar de forma imprecisa, lenta ou ambas.” (Marchesan, 1995)- “A disfagia é a condição resultante de qualquer interrupção de prazer alimentar ou da manutenção das condições nutricionais e de hidratação.” (Buchhdz, 1994)

      ”A disfagia é um distúrbio de deglutição, com sinais e sintomas específicos, que caracteriza-se por alterações em qualquer etapa e/ou entre as etapas da dinâmica da deglutição, podendo ser congênita, ou adquirida após comprometimento neurológico, mecânico ou psicogênico, podendo trazer prejuízo aos aspectos nutricional, de hidratação, no estado pulmonar, prazer alimentar e social do indivíduo.” (Silva, 1999).

      Proteção de vias aéreas

      A proteção das vias aéreas verificada durante a deglutição não  é uma  simples dependência da ação mecânica  de estruturas anatômicas. Esta proteção que se verifica  durante a fase faríngea da deglutição se dá por interações funcionais que envolvem de modo coordenado, tanto o sistema digestivo quanto o respiratório. É importante que não se perca de vista que esta proteção é o resultado de um jogo de pressões e resistências que se sucedem e combinam em concomitância com a passagem do bolo a ser conduzido pelo sistema digestivo e evitado pelo respiratório.

      É possível identificar dois tipos distintos de proteção para as vias aéreas. Um no qual a proteção das vias aéreas  resulta da interação pressórica  entre o bolo em progressão e a dinâmica das estruturas que se reorganizam durante a passagem do bolo; e outra  cuja proteção se dá  de modo aparentemente passivo graças às  características anatômicas regionais e a ação da gravidade.

      MECANISMOS DE PROTEÇÃO DAS VIAS AÉREAS  DEPENDENTES  DE AÇÃO PRESSÓRICA / RESISTÊNCIA

      Direcionam o bolo por ação pressórica e diminuição da resistência digestiva (mecanismos de ação indireta)  e nos que determinam aumento ativo da resistência das vias aéreas e que podem ser divididos em mecanismos laríngeos  e em apnéia preventiva. 

      MECANISMOS DE AÇÃO INDIRETA

      A ejeção oral, associada a uma dinâmica faríngea capaz de impedir dissipação pressórica, a elevação e anteriorização  do hióide e da laringe, adequadas em amplitude e tempo, associadas a abertura da transição faringoesofágica e em sincronismo com a ejeção oral,  são fases da deglutição cuja eficácia, atua na condução do bolo alimentar e na proteção das vias aéreas.




      Entendendo a deglutição

       A deglutição é dividida em quatro fases:

      PREPARATÓRIA ORAL Envolve o momento da preensão do alimento, a mastigação e a manipulação do bolo alimentar, e a sua centralização em dorso de língua; 

      FASE ORAL Compreende a movimentação ântero-posterior da língua, levando o bolo alimentar em direção à faringe. Esse movimento envolve a base de língua como ejetor do bolo, a partir do contato com a parede posterior da faringe;

      FASE FARÍNGEA Inicia-se a partir do reflexo de deglutição. Na orofaringe, existem vários sensores capazes de desencadear a fase faríngea da deglutição, pelo contato leve ou pequenas pressões em palato mole, úvula, dorso de língua, superfície faríngea da epiglote, pilares, seios piriformes, parede posterior de faringe e transição faringo-esofágica. Quando esses sensores são ativados, são disparados vários eventos que propulsionam o bolo alimentar em direção ao esôfago e protegem as vias aéreas inferiores. Ocorre o fechamento do esfíncter velo-faríngeo, a fim de evitar o refluxo nasal. A laringe é elevada e anteriorizada, as pregas ariepiglóticas se contraem, as pregas vestibulares e vocais se fecham como esfíncter, a epiglote abaixa pela contração das pregas ariepiglóticas e pelo peso do alimento e a faringe inicia os movimentos de contração, propulsionando o bolo alimentar em direção ao esôfago; 

      FASE ESOFÁGICA Iniciada pelo relaxamento da transição faringo-esofágica, que abre a luz do esôfago, permitindo a passagem do alimento até o estômago. A abertura da transição faringo-esofágica ocorre devido à elevação e báscula laríngea, distanciando a cartilagem cricóidea do corpo vertebral e, uma vez aberta, iniciam-se os movimentos peristálticos do esôfago.

      O nutricionista no hospital

      No hospital, o Nutricionista é uma peça fundamental para o tratamento dos pacientes. Sua função é garantir a alimentação equilibrada e o aporte de nutrientes necessários ao bom estado nutricional, o que será crucial para a evolução clinica e a recuperação, visto que o paciente desnutrido tem fraqueza, alteração na cicatrização de feridas, diminuição das funções dos órgãos, maior risco de infecção e pode até chegar à morte.
      Quando dá entrada ao hospital para ser internado, o paciente deve passar por uma triagem, feita pela Equipe de Nutrição, que vai identificar pacientes que apresentam perda de peso, diminuição da ingestão, doenças graves, os quais necessitam de acompanhamento individualizado.
      O Nutricionista fará a avaliação nutricional desses pacientes e para isso ele pode utilizar vários métodos, como: exame físico, medidas de peso, altura, dobras cutâneas e circunferências, aparelhos que avaliam a composição corporal, testes funcionais, exames laboratoriais e também a avaliação do consumo alimentar.
      No parte da alimentação, o Nutricionista vai adequar a dieta do paciente de acordo com suas necessidades e/ou sua doença. O acompanhamento é feito até que o paciente esteja ingerindo a quantidade adequada de nutrientes para o seu estado, por isso o monitoramento é diário.
      Quando o paciente não consegue se alimentar (ou não o suficiente), ele é indicado para a terapia nutricional na qual pode receber a nutrição enteral ou parenteral e o nutricionista fará o acompanhamento para adequação dos volumes e quantidades de acordo com a doença e a tolerância do paciente.
      Além disso, a atuação do profissional Nutricionista no ambiente hospitalar também proporciona motivação adicional aos cuidados preconizados pelo médico e evita o aparecimento de complicações tardias, ou mesmo novas internações por simples falta de orientação dietética adequada.

      O fonoaudiólogo no hospital

      ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA HOSPITALAR: O principal objetivo da Fonoaudiologia Hospitalar é apoiar o diagnóstico do médico no que diz respeito a informações precisas sobre a aquisição e desenvolvimento dos padrões de articulação, fluência, linguagem (oral e escrita), voz e audição.
      Objetivos específicos: O Programa de atuação Fonoaudiológica Hospitalar tem a finalidade de:
       Promover saúde fonoaudiológica: Prevenir e eliminar fatores que interfiram na aquisição e desenvolvimento da comunicação, na suposição de que essas alterações possam se desenvolver em estágios progressivos de severidade;
       Atendimento e encaminhamento precoces: Diagnóstico, intervenção e tratamento precoces bem com desenvolver Programas de orientação, incentivo e conscientização da importância do atendimento precoce;
       
      Proporcionar a máxima competência comunicativa para o portador de patologias fonoaudiológicas (tratamento especializado para diversas patologias);
       
      Participação em equipe multiprofissional: Assessoria fonoaudiológica, apoio ao diagnóstico médico, discussão de casos;

      Os atendimentos  podem ser divididos em setores a seguir: 
      1)     Atendimento no leito: Serão atendidos os Setores de Geriatria, Pediatria, Oncologia, Cabeça e pescoço, UTIs, Neurologia, etc): Tem por objetivo auxiliar o atendimento de pacientes hospitalizados, contribuindo para a melhora do quadro clínico, diminuição dos riscos de seqüelas e reinternações, no que se refere à: 

       
      Avaliação e intervenção dos casos de disfagia, refluxo gastro-esofágico, suporte nos casos de necessidade do uso de sondas e alta da alimentação por gavagem;
       Avaliação e intervenção terapêutica de linguagem: casos de afasia pós AVC e alterações da articulação, voz e audição;
       Encaminhamentos dos casos que necessitem de exames especializados;

      2)     Neonatologia: Programa específico para recém-nascidos (RN): RN de risco, RN com alteração de Sistema Sensório-motor oral e funções neuro-vegetativas.

      A Atuação em berçário de alto-risco tem como objetivos:
      -          Promover a maturação das estruturas oro-faciais: adequação do sistema sensório-motor-oral e função de alimentação;
      -          Habilitar o bebê a se alimentar por via oral;
      -          Melhorar condições clínicas contribuindo   para   o   ganho   de   peso  e desmame da sonda;
      -          Favorecer a alta hospitalar;
      -          Favorecer o desenvolvimento futuro de fala, linguagem e audição;
      -          Prevenir, detectar e minimizar as alterações neuro-psico-motoras;

      Por meio de:   Estimulação de sucção nutritiva e não-nutritiva; Apoio familiar: Programas de incentivo ao aleitamento materno e orientação quanto à alimentação, desenvolvimento de linguagem e audição; Triagem auditiva Neonatal;

      População alvo:
      -          Recém nascidos pré-termo;
      -          Bebês com refluxo gastro-esofágico;
      -          Bebês fissurados;
      -          Bebês Sindrômicos e malformações em geral;
      -          Bebês que apresentem comprometimento na alimentação independente;

      3) Atendimento Ambulatorial: objetiva o atendimento clínico específico das alterações de linguagem, voz, sistema sensório-motor-oral, articulação e fluência, por meio de:
       
      Realização de triagens de todos os casos;
       Encaminhamento dos casos para clínicas e/ou ambulatórios de especialidades;
       
      Programas de orientação quando a terapia não for indicada de imediato;
      Intervenção imediata através de terapias aos portadores de patologias instaladas, de forma individual e/ou em grupo;
      População alvo: bebês, crianças, adultos e idosos.
      Patologias afins:

      •      Alterações de voz;
      •   Alterações na fluência;
      •     Alterações de linguagem;
      •      Alterações neurológicas;
      •       Alterações de aprendizagem;
      •        Deficiências auditivas;
      •       Deficiência mental;
      •        Paralisias cerebrais;
      •        Síndromes e malformações;
      •        Disfagias mecânicas e neurogênicas;
      •        Paralisia facial;
      •        Laringectomias (parcial e total)

      4) Atendimento audiológico: Objetiva a avaliação, diagnóstico e tratamento de alterações da função auditiva através de:
       Audiometria;
       Imitanciometria;
      Emissões otoacústicas;
       Teste e indicação de prótese auditiva;
      Reabilitação;
      Avaliação e terapia de Processamento auditivo central;
      Programa de conscientização da importância da audição e da deficiência auditiva;
      O trabalho do fonoaudiólogo e hospitais tem por finalidade acompanhar o paciente e distintas áreas, fazendo parte do corpo clínico.

      5)  Setor de Neurologia: O fonoaudiólogo avalia o paciente que teve como conseqüência de embolias,      enfartes, tromboses, aneurismas, tumores, ferimentos por quedas ou armas de fogo, afasia, etc. Em seguida, o terapeuta traça o tratamento planejado de acordo com o nível   de instrução do paciente, suas preferências pessoais e grau de perda  verificado. Orienta os familiares quanto se pode ajudar, estimular e incentivar o afásico, ao sair do hospital. Em caso de paralisia facial ideopática (quando há compressão do nervo) há indicação da intervenção cirúrgica e atuação fonoaudiológica.  

      6)  Setor de Otorrinolaringologia: O fonoaudiólogo poderá acompanhar os pacientes nas diferentes intervenções na área de patologia vocal/disfonias (nódulos, pólipos, carcinomas, laringectomias..), disfagias (alterações no processo de deglutição) e alterações auditivas (má formação do aparelho auditivo, implantes cocleares, protetização, etc...). Orientando o paciente e familiares, condutas facilitadoras para a recuperação e posterior tratamento fonoaudiológico.

        7)  Setor de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial: A cirurgia ortognática corrige as desproporções     maxilomandibulares  e, associada à ortodontia corrige as posições dentárias em fase pré e pós-cirúrgica. A fonoaudiologia atua então na reeducação da forma, restabelecendo as funções estomatognáticas.

      O que é nutrição?

      "A nutrição é a ciência que estuda a composição dos alimentos e as necessidades nutricionais do indivíduo, em diferentes estados de saúde e doenças.
      Alimentar-se é o ato voluntário de fornecer alientos ao organismo. A nutrição se inicia depois que os alimentos entram no organismo e são transformados em nutrientes."

      O que é fonoaudiologia?

      "A Fonoaudiologia é a ciência que tem como objeto de estudo a comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças, em relação aos aspectos envolvidos na função auditiva periférica e central, na função vestibular, na função cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções orofaciais e na deglutição."Fonte: Plenário do CFFa durante a 78ª SPO - março de 2004.